quarta-feira, 12 de maio de 2010
Symbiosis II
Symbiosis II
Corpo sensível em movimento
Intervenção multimídia com vivencia interativa em espaços coletivos de encontro e confraternização, a princípio contextualizados do campo da arte.
Ensaio realizado no NEXT em dezembro 2009.
Imagem capturada da vivencia SIMBIOSE II no NEXT em 27/12/2009 por Dennis Phillips.
Sinopse
Como estabelecer um íntimo diálogo entre o sujeito e seu outro? Como alcançar uma fusão e sintonia do corpo vivo e pulsante com o som e as luzes de um espaço-tempo suspenso e ampliado, de modo que o indivíduo e seu meio componham uma unidade e a percepção de existir seja expandida?
A intervenção multimídia SYMBIOSIS II consiste na experimentação de diálogos entre o corpo e um espaço coletivo comum e compartilhado, com improvisação de movimento e improvisação sonora, a procura de uma simbiose entre o indivíduo, seu coletivo e seu meio. Procuro subverter poeticamente as restrições espaço/tempo habituais, visando experimentar a vivência de um espaço/tempo perceptivo intenso e dinâmico.
Descrição
Chocalhos preparados com garrafinhas de água e cascalho, em quantidades variadas de modo a produzir sonoridades diversas, fitas e plásticos espelhados, e pequenas lanternas LED com presilhas para fixação sobre as vestes são oferecidos a um publico descontraído, enquanto este acomodado nas mesas de um bar conversa. Depois de auxiliar as pessoas a se prepararem, as luzes são apagadas, e inicia-se a projeção do vídeo ALIVE sobre uma das paredes do ambiente. O convite é feito para que se levantem, dirigiram-se no centro das mesas em um espaço aberto, e, a partir de vivencia do próprio corpo em movimento estimulado pela experiência sensória, estabeleçam um dialogo sonoro e visual com os participantes e com o improviso da banda musical. A projeção com mais de 3ms de largura apoiada a 60 cm de altura do chão na parede ao fundo onde as pessoas se encontram envolve-as. A banda inicia uma improvisação musical com a qual estabeleço um dialogo, dando inicio ao acontecimento, colocando-me como exemplo e incentivo ao publico de modo que ele perca a inibição e participe. Cada indivíduo se coloca como deseja frente à situação. Ignorar, assistir, participar ou simplesmente se retirar, trata-se de uma escolha. A vivência não tem uma previsão rígida de tempo de duração. Faz parte do processo, deixá-la terminar por si mesma. A ação realizada na filmagem do vídeo ALIVE e projetada na parede se mescla às sombras das pessoas ali presentes compondo uma fusão espaço-temporal na imagem. A dinâmica e interatividade alcançada envolvendo o som dos chocalhos, as vozes mescladas à improvisação musical, os desenhos efêmeros produzidos pelas luzes em movimento e a iluminação indireta nas paredes constroem uma atmosfera energética de presença de vida e comunicação que impregnam o ambiente. As vivencias corporais imprimem e configuram o espaço do acontecimento, um espaço de acolhimento e comunicação, coletivo na sua essência, vivo, fluido e efêmero, hibrido entre o virtual e o palpável, um lugar de acumulação temporal no qual uma diluição das fronteiras entre os corpos e o espaço, entre o tempo presente e a memória de instantes passados possa acontecer. Quando o dialogo coletivo cessa, encerra-se a vivencia.
A ação dos corpos presentes recobertos com espelhos e “ledges” na sala escura com paredes brancas, produz estímulos visuais e auditivos, impregnando o ambiente. As vivencias corporais imprimem e configuram o espaço do acontecimento.
O objetivo é incorporar o improviso e a espontaneidade para se alcançar uma vivencia sensória e promover a composição de um espaço de acolhimento e comunicação, coletivo na sua essência, um espaço vivo, fluido e efêmero, hibrido entre o virtual e o palpável, um lugar de acumulação temporal no qual ocorra uma diluição das fronteiras entre os corpos e o espaço, entre o tempo presente e a memória de instantes passados.
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